segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Do mesmo (outro desabafo imbecil)

Não se sabe de onde eu resolvi tirar tanta coragem, sabe? Mas ainda assim eu queria mais. Ainda me sinto fraca, pequena, inútil. Queria não travar em certos momentos, queria ter coragem de encarar certos fatos de frente e não fugir deles, queria ter coragem de me encarar no espelho; não precisa ser nenhum espelho diferente como o de Ojesed, qualquer pedaço de vidro tá valendo. Mas não, eu fujo do meu reflexo, da minha sombra e quero conseguir encarar meu coração. Como? Não sei.

Parece que sempre escolhem o caminho mais difícil por mim, mas no fundo eu sei que quem tá escolhendo isso tudo sou eu. Através de atitudes, palavras e omissões, inclusive.
Não queria mas estou tendo que me acostumar com pouco, tentando fazer que ele renda e supra todas as minhas necessidades. E tenho tentado oferecer tudo e mais um pouco de mim pra ver se ajuda. Se está dando certo? Às vezes me iludo pra dizer que sim, mas não, não tá dando nem um pouco. É como se eu mesma estivesse jogando terra em cima de mim e me ofuscando de tudo o que eu poderia ser, ao invés de usar essa terra pra sair dessa porra desse buraco que eu cavei junto com o mundo.

O foda é você ter consciência de todas as coisas que estão ao seu redor, perceber que as coisas estão tomando aquele rumo indesejado e já anteriormente conhecido e não fazer nada pra que isso mude, não conseguir fazer nada para isso mudar; eu ato minhas próprias mãos e me auto-saboto todos os dias de manhã. Ninguém entenderia se eu tentasse explicar, não sei se quero tentar explicar e me expor a tal ponto, só quero arrumar mais coragem do que essa toda que tá vindo e achar forças pra me encarar de novo; de verdade.

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