O fato foi que ela tomou coragem e de sopetão admitiu tudo. Pra si mesma e pra quem quisesse ouvir; especialmente quem mais estava envolvido naquela história. Tomou coragem e se colocou na frente, olhou para si antes de qualquer coisa e prezou por ela própria como há muito não fazia, ou como nunca fizera. Pensou pouco, deixou as coisas tomarem o rumo de acordo com o desenrolar dos fatos e foi seguindo seguindo, sem desafinar, o ritmo daquela canção nova que tocava. Não poderia dizer que se sentia feliz de acabar com tudo, mas se sentia bem por seguir a razão dessa vez. Se sentiu mais madura, sim, mais mulher. Pela primeira vez a carapaça de mulher bem resolvida serviu, encaixou de forma perfeita. Ela ainda precisa aprender muito, e admitir isso já um grande passo. Admitir que não se sabe de nada é o primeiro aprendizado.
No dia seguinte ela fraquejou. Chorou lágrimas que acreditava já terem secado e viu que realmente não ia ser fácil. Mas ela sabe que o que for pra ser vai acontecer no tempo certo e que o mundo não acaba amanhã.
Hoje, pela primeira vez em muito tempo, ela sentiu orgulho de si mesma, e sorriu ao se encontrar no espelho.
Hoje, pela primeira vez em muito tempo, ela sentiu orgulho de si mesma, e sorriu ao se encontrar no espelho.
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