sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Da condição de ser, humana.


Hoje meu discurso é outro, nada como o tempo pra nos pregar peças e fazer pregar os antigos quadros na parede de volta
Nada como o correr do relógio pra nos fazer enxergar quem somos e o que importa de verdade
Nada como a maturidade pra nos fazer enxergar os erros e a força da juventude pra nos fazer seguir; errando
E as vontades, as ânsias e os desejos... nada como eles pra nos fazer impulsionar a vida e buscar sonhos, ainda que não se saiba direito o que sonhar ou pra onde ir
Eu preciso de calma, de melancolia, de cheiro de mato, mas também de buzinas estéricas, trânsito lotado e um pouco de impessoalidade. Novos lugares, novas pessoas, um novo endereço... mas aquela velha agenda telefônica estará guardada, assim como o ombro pra onde voltar e o sentimento de dentro que não sai; saudosismo.
Estou engolindo o que tentou me engolir e sorrindo, oferecendo a face pra quem quiser bater, abrindo o peito e mostrando o de dentro, sem êxito, só a sensação de liberdade, misturado a cheiro de café, cervejas, cigarros, libertinagens.
Não preciso gritar, nem agir impulsivamente a cada sensação. Só devo aceitar o que meu corpo pede e minha mente ordena e amar tudo isso com um tipo de amor combustível, que se mistura com o sangue e faz o coração bombear à jato, clareando as ideias da cabeça, trazendo  rebuliço e depois paz, pra agitar tudo outra vez.
Lá fora chove; vida, vem viver.

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