domingo, 7 de junho de 2009

Resident Evil nº36847897987851877...


Antes de começar a ler saiba que estas palavras foram vomitadas neste blog, caro leitor.
De forma rude, agonizante, sofrida e inútil. Se eu fosse você parava por aqui e esperava pela postagem de amanhã.

É o que pulsa e bate aqui dentro que mais me incomoda. Esse grito preso na garganta e solto, mais tão solto dentro de mim que até ecoa. É uma falta de compreensão daqueles que estão mais próximos, que vivem junto, mas não enxergam nada além do que está falsamente estampado na cara ou demonstrado numa bagunça organizada do quarto. É um egoísmo tremendo de um só que sempre se faz de vítima onde não deveriam existir vítimas nem vilões. É a anulação total de um outro, que faz tudo para salvar a pobre donzela indefesa do mar tenebroso cheio de monstros e doenças que lhe consomem, para salvar de nada que é tudo invenção da cabeça dela e ela não sabe (ou sabe?). É outra que está crescendo perdida em meio a tiros e gritos e ameaças. Na verdade é tudo uma grande farsa, uma troca de favores, não é saudável viver assim, não faz bem. O clima pesado paira em cima desta casa que se sustenta na individualidade do amor de cada um. São quatro pessoas que juntas não dão certo, mas que insistem em tocar um barco afundado pra frente. Eu abandonei esse barco, estou sendo rebocada pela menor de todos os quatro, ela é quem me faz continuar me deixando levar com eles, por eles, ao invés de me soltar e deixar que as ondas do mar me joguem em alguma praia desconhecida e inóspita.
É o que pulsa e bate aqui dentro que mais me incomoda. Uma repulsa que está aumentando a cada dia que passa, a cada segundo que é substituído pelo posterior. Acordar de manhã (ou ser acordada muito delicadamente) e ver que eu estou aqui me dá náusea, passar o dia inteiro aqui quando há mais alguém além de mim é torturante. O que é preciso fazer pra que as pessoas percebam que acabou? Alguém me dê essa resposta, porquê todas as maneiras que eu conheço, eu já fiz, e as que eu sei e ainda não fiz, não vou fazer.

5 comentários:

  1. A única coisa que eu tenho para dizer, que eu tenho certeza minha linda.
    É que felizmente isso passa, tudo passa.
    Pode demorar, mas passa!
    Tente ter paciência, e vá se distrair, ocupar a cabeça é sempre bom, faz a gente esquecer esses pulsos do coração por alguns momentos.

    beijo minha flor!
    :*

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  2. Não conheço você e nem a origem do que pulsa aí dentro e te incomoda. Mas suas palavras vomitadas, mesmo de forma rude, agonizante, sofrida e inútil, despertaram minha empatia. Se quer saber, eu acho que ir afundando nesse barco não está te fazendo bem. Peça para a menor das quatro pessoas que navegam com você para que lhe solte e lhe deixe partir; e então você mergulha. E talvez a praia que lhe acolha não seja assim tão inóspita; talvez seja um remanso para sua angústia. Fuja do que lhe faz mal, moça. Fugir também é um ato de coragem.

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  3. vem navegar no meu mar com tua pequena.

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  4. o problema é que não queres soltar a menor, e eu bem te entendo, minha cara. porém, o problema, a chave da tua liberdade, está aí: soltar a menor, ou levá-la consigo

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  5. Se eu entendi ao certo o que se passa, só tenho algo inútil a dizer.
    Você não está só, flor. E nem a pequena.
    Estamos todos aqui, dispostos a prestar qualquer ajuda, ainda que de nada adiante.
    Por mais clichê que isso pareça, e que vc esteja precisando de uma solução e não de um 'apoio', é tudo que eu posso te dizer agora.
    Por que querendo ou não, tudo isso não depende de nós e nem de vc.
    Tenha fé, minha linda.
    E conte conosco SEMPRE.

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