segunda-feira, 30 de março de 2009

Ordenando.


Pela milésima vez (e espero que esta seja mais duradoura que as outras novecentas e noventa e nove) estou pondo ordem no que é meu, meu canto, meu cubículo 3,5m X 2,5 m, meu quarto.
Meninas, se preparem que essa semana rola um Shopping Day. Incrível como eu consigo juntar coisas que eu não uso, nunca usei, nem nunca pretendo usar. Mas o que é lixo pra mim nem sempre é pro outro. Enfim.

A verdadeira intenção de agora não é falar do meu quarto, ou da bagunça que ele está agora com tudo jogado pelo chão, pelas prateleiras, ou mesmo em cima da cama. A intenção é falar de uma conversa que tive ontem com duas amigas, ratas desde o berço, Dandara e Gabi, e a conclusão que eu cheguei após essa conversa.

Estávamos (as três) lamentando uma coisa em comum nas nossas vidas (coisa essa que não deve ser exposta num blog na internet) e falando o quão difícil é para nós expor aquilo que se sente. Dandara inclusive falou que escreve mil coisas e não mostra a ninguém, porque há muito dela ali naqueles pedaços de papel. Também faço isso. Para ser bem sincera, vivo fazendo isso. Mas será que a graça de escrever não é se mostrar nos rabiscos? Deixar um pedacinho de si em cada sílaba tônica, em cada ditongo, em cada verso, nas entrelinhas?
É meio assustador a princípio, mas acho que aos poucos a pessoa consegue ir destravando e cria coragem de abrir o peito e se mostrar.

Eu por exemplo, só me solto por completo num momento de mais profunda intimidade, leia-se: quando eu estou bêbada, quando estou sozinha ou quando estou amando. Não me lembro de alguma outra vez além dessas ter me deixado fluir sem pensar em conter qualquer instinto ou emoção.

Enfim, depois de passar meia madrugada pensando ( e escrevendo confissões em papéis amassados) eu decidi que eu vou viver amando. Vou parar de conter o que sinto, vou deixar gritar e sair.
Pois é, a partir de hoje meu nome é amor, muito prazer.

P.S: não me vulgarizem.

8 comentários:

  1. engraçado... eu sempre penso a respeito disso: mostrar ou não mostrar? dividir com o mundo ou não? compartilhar o que se sente ou não compartilhar?
    Bom, minhas conclusões não são tão geniais mas por exemplo: fico feliz por Clarice Lispector não ter privado o mundo de seus sentimentos mais íntimos.
    No mais, oi amor, estamos atualmente com o mesmo nome? espero que por longos tempos :)

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  2. Uiiiii estou rodeada de amantes amáveis!! vou me aproveitar disso viu?? vocês não me escapam. Eu acho que a gente realmente deveria expor mais o que escrevemos, sem pressões nem cobranças, apenas pelo simples prazer em compartilhar.
    Nosso sarau sai quando?

    =P

    =****

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  3. Se a gente não fala, quem vai falar por nós? E daí o que tinha de ser dito/feito/posto/dado/amado ficou escondido dentro de um medo de ser mal interpretado ou de até ser compreendido até demais!
    Viver nas linhas e se deixar borrar nas entrelinhas.

    Já me chamei de amor, já fui o amor, quero o amor. Se o amor faz parte de você, você é o amor. O amor faz parte de mim, bruna faz parte de mim...meu deus, quanto amor há em mim!

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  4. "Eu por exemplo, só me solto por completo num momento de mais profunda intimidade, leia-se: quando eu estou bêbada, quando estou sozinha ou quando estou amando. Não me lembro de alguma outra vez além dessas ter me deixado fluir sem pensar em conter qualquer instinto ou emoção."

    Eis o motivo dos meus posts estarem cada vez mais raros: eles estão cada vez mais explícitos. Mas é como tu disse, meu nome agora é amor. O último desastre me trouxe tanta coisa boa, que preferi deixar o ruim de lado. O IMPORTANTE É AMARRRR!!!

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  5. Deixemos fluir as palavras que sempre tentam traduzir da melhor forma os nossos mais profundos e puros sentimentos. Amar, sentir e escrever. Escrevamos sentindo o amor e amemos o que escrevemos sentindo.

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  6. É mesmo?
    Isso será interessante. ;DD

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  7. AMOR... atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, afeição, compaixão, misericórdia, inclinação, o quê mais? TUDO! tudo e nada, mais tudo do que nada.
    É amor platônico, é eros, é pragma, philia, psiquê, ludus, sexo, atração física, carinho, altruísmo, compromisso, amizade, irmão, amiga, auto-interesse, 'serviço', loucura, paixão, religião.... ufa!
    Somos td isso e um pouco mais ou muito mais... Amor, Love, Ai, Lieb e td's os idiomas possíveis e imaginários...
    Vamos amar, sem medo d amar!
    Como O Som e o Sentido disse: "O IMPORTANTE É AMARRRR!!!"
    E AVANTE¬

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